Prémio Comunicação Pela Diversidade Cultural 2016 - “Do Bairro de Lata à Galeria de Arte Pública”, da SIC, vence em duas categorias
A cerimónia de entrega dos prémios de comunicação Pela Diversidade Cultural 2016, promovida pelo ACM, decorreu esta terça-feira, dia 20 de dezembro, na Fundação Portuguesa das Comunicações, em Lisboa. O trabalho de televisão “Do Bairro de Lata à Galeria de Arte Pública”, transmitido pela SIC, no Rubrica “Perdidos e Achados”, da autoria de Catarina Neves, Odacir Júnior, João Nunes, Cláudia Araújo e Madalena Durão, levou para casa dois troféus, o de Prémio Diversidade Cultural, o principal deste concurso, e o de Prémio Televisão.
A cerimónia, que abriu com a atuação do Mestre griot do Kora, Braima Galissá, contou com as presenças da Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Catarina Marcelino, e do Alto-comissário para as Migrações, Pedro Calado, que entregaram os troféus aos vencedores.
Catarina Marcelino realçou na cerimónia a importância do "papel da Comunicação Social para dar voz aos problemas reais das pessoas e dar visibilidade às diferenças, à diversidade!", referiu salientando o valor destes profissionais para "a construção de uma sociedade que diz Não ao Racismo e Sim à Diversidade!".
"A Arte salva-nos!"
Os vencedores não deixaram de manifestar a sua satisfação por esta atribuição: "A Arte salva-nos! Acredito que através da aposta na Arte, a sociedade muda para melhor!", afirmou a jornalista Catarina Neves. A reportagem, “Do Bairro de Lata à Galeria de Arte Pública”, realizada na Quinta do Mocho, em Sacavém, concelho de Loures, um bairro conhecido outrora por ser muito problemático, mostra-nos como a Arte pode ser "uma poderosa ferramenta" . "(...)Uma zona onde os autocarros não iam, é hoje um espaço onde se fazem visitas guiadas para ver as obras de arte. Vão lá ver!", sublinhou ainda a autora deste trabalho, com imagem de Odacir Júnior e edição de João Nunes.
A reportagem vencedora centra-se na requalificação da Quinta do Mocho, um bairro que tem agora o estatuto de Galeria de Arte Pública. Em cerca de um ano, mais de 45 artistas pintaram 50 paredes exteriores do bairro.
Os Prémios da Diversidade
O Prémio Imprensa Escrita foi atribuído, ex aequo, às reportagens “Juventude em Jogo”, de Sofia da Palma Rodrigues e Diogo Cardoso, publicada no jornal Público e na publicação multimédia Divergente, e “Devolvidos a Cabo Verde”, de Catarina Gomes, Vera Moutinho e Rui Gaudêncio, publicada no Jornal Público.
O Prémio Órgãos de Informação Regionais e Locais incluiu este ano uma Menção Honrosa para o trabalho “Como é que os muçulmanos de Leiria vivem o Ramadão?”, de Carlos dos Santos Almeida, publicado no semanário “Região de Leiria”. Nesta categoria, o troféu vencedor foi atribuído a Patrícia Duarte pelo seu trabalho “A pequena Índia da Marinha Grande”, publicado também neste semanário.
O Espetáculo Teatral “Com Paixão”, da Associação Teatro Ibisco – Teatro Inter Bairros Para a Inclusão social e Cultura do Optimismo, venceu o Prémio Diversidade nos Guiões.
Jéssica Ferreira, Juliana Rocha e Ana Filipa Teixeira venceram o Prémio Jovem com o trabalho “Depois da Tempestade, o Alentejo”, publicado no jornal “Diário do Alentejo”.
O Prémio Rádio contemplou apenas uma Menção Honrosa ao trabalho “Estudar também é lutar”, da autoria de Carolina Ferreira e Pedro Teodoro, transmitido na Rádio Antena 1, no Programa “Só Neste País”.
Quanto ao Prémio de Fotojornalismo, o júri optou por não atribuir qualquer Prémio ou Menção Honrosa.
Nesta 2ª edição foram recebidos 30 trabalhos a concurso, avaliados por um júri constituído por Clara Almeida Santos, vice-reitora da Universidade de Coimbra para a Comunicação e Cultura, Fernando Cascais, Professor doutorado em Ciências da Comunicação, Lívio de Moraes, Professor de História de Arte, e Pedro Santos Pereira, jornalista.
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