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ACM lança Calendário Inter-religioso – Celebração do Tempo 2016

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ACM lança Calendário Inter-religioso – Celebração do Tempo 2016
Diversas comunidades religiosas unidas pelo Tempo
O Alto Comissariado para as Migrações lançou, no dia 18 de novembro, no Centro Cultural Malaposta, em Odivelas, o Calendário inter-religioso - Celebração do Tempo 2016. A ocasião contou com a presença dos representantes das várias comunidades religiosas presentes no calendário, que assinalaram o momento, marcado pela harmonia e partilha, com mensagens auspiciosas para o ano que se segue.
O Calendário, com edição da Paulinas Editora, apresenta os meses com as festividades de cada uma das maiores religiões -  Budismo,  Cristianismo (Anglicanos, Católicos, Evangélicos e Ortodoxos), Hinduísmo, Islamismo, Judaísmo e Fé Bahá’i, bem como efemérides institucionais, da ONU/UNESCO e da União Europeia.  Para além da referência às datas, o calendário contempla ainda um resumo explicativo de cada religião.
O Alto-comissário para as Migrações, Pedro Calado, marcou presença na cerimónia, acompanhado do presidente da Câmara Municipal de Odivelas, Hugo Martins, do responsável pela redação/revisão da editora Paulinas, Rui Oliveira, e do Diretor-Adjunto do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias da Universidade de Lisboa, José Eduardo Franco, responsável pela organização do calendário.
O músico Fedross  Imani, membro da comunidade Bahá’i,  abriu a sessão com uma apresentação musical de obras em saltério – instrumento musical de cordas pulsadas, cuja origem remonta a 300 a.c., quando era utilizado para acompanhamento dos  salmos, um dos livros do Antigo testamento.
A música de Fedross Imani - também campeão europeu, desde 2003, em pintura artística em Portugal -  encerrou, com “chave de ouro”, a cerimónia.
 
Partilhar "as nossas boas-práticas”  com a Europa

O Alto-comissário para as Migrações salientou  o propósito central deste calendário: “dar à sociedade portuguesa um maior conhecimento sobre as múltiplas vivências religiosas”, num cenário em que a diversidade, cada vez mais pertinente, “…traz-nos contributos para a economia, segurança social, empreendedorismo, criatividade e inovação”.
O Alto-comissário fez ainda questão de realçar as “nossas boas-práticas” ao nível do diálogo inter-religioso, considerando ser fulcral a sua partilha com a Europa: “desenvolvemos um modelo de contacto e diálogo, um modelo em que Imigrantes e sociedade de acolhimento se devem transformar mutuamente. Há que potenciar e alavancar as vossas práticas”, refere dirigindo-se aos membros das comunidades religiosas presentes.
“Em conjunto e mutuamente. Estas palavras fazem parte da matriz que nós temos defendido em Portugal…a matriz do diálogo intercultural”, refere Pedro Calado, alertando que, nesta matéria, ainda há muito trabalho a fazer: “…mas Isto não basta… há ainda que alargar o diálogo aos não crentes, a toda a sociedade civil, às escolas, universidades… informar sobre a diversidade religiosa”.
 
As comunidades religiosas - "um convívio salutar"

Aliança Evangélica Portuguesa
“…uma maior aproximação entre as diferentes comunidades religiosas”

Sara Narciso, da Aliança Evangélica Portuguesa, não escondeu a sua satisfação por poder participar, mais uma vez, numa iniciativa que “contribui para uma maior aproximação entre as diferentes comunidades religiosas”.
“É um prazer para nós estarmos aqui  e fazer do fenómeno religioso um fator mais presente na vida pública”, realça.
 
Comunidade Bahá’í de Portugal
“A unidade na diversidade”  

Palmira Bastos Ferreira, da comunidade Bahá’i de Portugal, destaca “a unidade na diversidade” que está  bem patente neste Calendário de Celebração do Tempo: “…através dele, temos vindo a perceber melhor aquilo que nos une, mais do que as nossas diferenças…e temos muito a unir-nos”.
 
Comunidade Hindu de Lisboa
“Conhecimento e divulgação de cultural diferentes”

“Eu oriento-me por este calendário já há mais de 10 anos”, releva Saroj Parshotam, da Comunidade Hindu de Lisboa, que considera “a aproximação das comunidades”, bem como “o conhecimento e divulgação de culturas diferentes” as grandes mais-valias deste calendário inter-religioso.
“Muitas pessoas não conhecem as comunidades religiosas, nem sabem que são geridas por calendários diferentes, e esta iniciativa pode fazer a diferença, pois trata-se de um calendário muito informativo, sobretudo para quem não conhece as várias confissões religiosas”, refere Saroj.
“Acompanharemos sempre todos os calendários, para estarmos bem informados sobre as outras confissões…todas elas são bem-vindas nos nossos eventos. Estamos sempre de portas abertas”, acrescenta  Mohan, membro desta comunidade.
 
Comunidade Islâmica de Lisboa
“Portugal é um exemplo a nível europeu”

Mahomed Abed, da Comunidade Islâmica de Lisboa, não esconde o contentamento por ver a ser lançado, mais uma vez, “um calendário tão Interessante do ponto de vista informativo e que ajuda a esclarecer o povo sobre os vários calendários das várias confissões …todas elas têm o seu tempo… penso que ficamos mais próximos se todos conhecermos os dias mais festivos e com mais significado de cada confissão”, considera.
“Esta é mais uma iniciativa que contribui para que as religiões se entendam. Portugal é um exemplo a nível europeu. Há-de haver poucos países onde existe um convívio tão salutar entre as diversas confissões como neste país. Damo-nos todos lindamente e, particularmente numa altura tão negativa, este convívio ajuda a desmitificar as situações”, sublinha Abed. Para além disso, “é muito útil…principalmente para as crianças. Para mim, esta é uma ferramenta fundamental para as escolas”, frisa.
 
União Budista Portuguesa
“... todas as tradições ligadas por uma referência comum que é o tempo”

Diogo Lopes, da União Budista Portuguesa, releva a importância do calendário como sendo “uma forma de ter todas as tradições ligadas por uma referência comum que é o tempo”.
“Podemos ver aqui as diferentes abordagens do tempo, conhecer as festividades e momentos especiais para cada comunidade…e é interessante ver que, nas diferenças, existe um processo idêntico…todos têm datas festivas…isso é comum a todas”, considera o budista.
 
Comunidade Israelita de Lisboa
“Mais um passo em frente para o diálogo”
O presidente da Comunidade Israelita de Lisboa, José Oulman Cart, destaca que o lançamento de mais um calendário inter-religioso é “ mais um passo em frente para o diálogo”, salientando, no entanto, que ainda há muito a ser feito: “o diálogo tem que evoluir e ser mais abrangente…há 40 anos, a população mundial era de 2 mil milhões, hoje é de 8 mil milhões…há muito mais a ser gerido e a ser realizado neste âmbito”.
 

Votos auspiciosos e inter-confessionais para o ano de 2016

Saroj Parshotam

– Comunidade Hindu de Lisboa –

Feliz Diwali = Dipavali e um Ano Novo de 2072 muito próspero, com muita Luz

SHUBH DIWALI=DIPAVALI ANÊ NUTAN VARSHA ABHINANDAN.


NAMASTÊ,

Em nome da Comunidade Hindú de Portugal e meu próprio, aproveito esta oportunidade para desejar a todos os organizadores e convidados e todos os companheiros de caminhada, independente do pensar diferente, um Feliz Natal -2015 e Ano Novo melhor, cheio de Paz, Amor e muita união no coração.

Xu Lai

– Associação Internacional Buddhas Light de Lisboa –


No ano 2016, a nossa associação participa na assistência social e ajudando sempre as pessoas mais carenciadas.

在2016我们协会参加公益活动,帮助别人

Próspero ano novo,felicidade no coração,paz no mundo.

新年吉祥,自心和悦, 世界和平

Diogo Lopes
– União Budista Portuguesa –

Se não vencermos o inimigo que é o nosso próprio ódio,
Quanto mais lutarmos com inimigos exteriores, mais vão aumentar.
Por isso, armados com a bondade e a compaixão,
Treinar as nossas mentes é a prática de um Bodhisattva*

If one does not conquer one's own enemy, the hatred, The more one fights outer enemies, the more they will increase.
Therefore, armed with loving-kindness and compassion, To tame one's own mind is the practice of a Bodhisattva*

*Bodhisattva é qualquer pessoa que, movida por grande compaixão, gerou o desejo espontâneo de atingir o mesmo nível do Buda para o benefício de todos os seres

Sara Narciso
– Aliança Evangélica Portuguesa –

A Aliança Evangélica Portuguesa agradece mais uma vez o convite que nos foi endereçado a estar presente nesta iniciativa, pois consideramos que o mesmo reflete o reconhecimento pelo contributo que temos dado, para que as pontes do diálogo, respeito e aceitação sejam construídas.

O nosso desejo profundo, que na incerteza que é própria do que se desconhece, a confiança nos valores intemporais do amor e da esperança,  sejam como uma brisa que nos refresca, ou como um farol que nos guia, diante dos desafios de um novo ano que se aproxima.

Mahomed Abed
– Comunidade Islâmica de Lisboa –

Que Deus Todo Poderoso e Infinitamente Misericordioso abençoe toda a Humanidade com paz, harmonia e compaixão e que o mundo se transforme num lugar harmonioso para todas as criaturas respeitando as diferenças entre elas.
O verdadeiro crente é aquele que deseja ao outro o dobro daquilo que deseja para si. Ameen.

كل عام وانتم بخير .. كل عام وانتم بخير
 .. من كل قلب في أحلى عيد
Feliz Ano novo, de coração cheio e que o ano seja todo ele próspero e festivo.

Palmira Ferreira
– Comunidade Bahá’í de Portugal –

A Comunidade Bahá’í de Portugal sente-se privilegiada de estar de mãos dadas nesta roda humana, num espírito de Paz, Harmonia, Aceitação e Respeito.
Desejamos que todos nós, no ano novo que se aproxima, o iniciemos seguindo o exemplo dos rios, que contornam todos os obstáculos e assim atingirmos o nosso objetivo maior. Para todos vós um sorriso de Unidade, de Paz e de Amor.

 

Conheça o Calendario Inter-religioso aqui

 


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